quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Invenção amaldiçoada


Já prometi não escrever de amor,
 mas esta será uma exceção.
Pois meus versos doem tanto quando 
o alvo é este sentimento cruel.

Até mesmo a caneta pede clemência
Se rejeita a transcrever o que o coração diz.
Tão mudo ele há de ser, mas quantas
 asneiras sabes dizer.
Amaldiçoado coração.
É a causa do meu pranto,
e de muitos tantos.
Encolhi na solidão.
Sei que só palavras não serão suficiente, 
mas acalmarão minha alma.
Talvez eu ache uma que me entende.
Mas meu peito age em trauma.

Cada segundo suportado
Cada lágrima derramada
Nada será desperdiçado.

Amor é invenção amaldiçoada.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Canções

Sabe, amor
Nós devíamos ter ficados deitados.
Devíamos ter nos tornados 
pessoas melhores.
Eu devia ter chorado por você.
Mas eu não pude
Por mais súbito que é o meu desconsolo 
Não pude me conter ao pranto.
Não é algo assim tão simples que salvará todos nós.
Espero que as mãos divinas possam nos 
alcançar ainda.
Que contigo, eu tenha a oportunidade 
de dizer, por Deus!
Você é tão melhor que eu.
E como eu pude te por neste pedestal?
Mas porém te empurrei sem remorso.
E agora sofro sozinho, sem zelo
Não sinto mais o frio, somos o próprio gelo.
Mas querida, não se preocupe

Logo as flores irão brotar, e eu estarei contigo cantando 
as belas melodias de viver.


(Anderson Souza)

quarta-feira, 30 de março de 2016

          Seu jogo


Mais uma manhã  que acordou
Os raios de sol vem me avisar
Mais uma noite que cessou
É outra aventura para participar

Eu na monotonia de sempre  
vivendo a minha vida tristonha
Apenas feliz por cada momento
São refúgios de quem sonha
Poder acordar da noite e esconder-se de seus tormentos

Minha correntes já estão enferrujadas
Não posso continuar aqui
Tenho forças suficientes para sair
Quebrar estas grades e partir
Viver sem mais de mão atadas

Mas o calor me atordoa
Insiste em me interromper
Que fora deste mundo tudo é fogo
E eu necessito do frio para viver
Disparo-me sobre ti atoa
Não sirvo para teu jogo

Sou um jogador sem regras


                                  SOUZA, Anderson.

segunda-feira, 14 de março de 2016

       

      Para o tempo


Hoje eu vi o tempo parar
O mundo se voltou contra mim
Ou eu contra ele?
Nunca vi nada assim

Triste decisão 
Talvez a incerteza seria menor
Se eu pudesse seguir a razão
Mas as luzes se apagaram
Todos já foram dormir
E eu ainda continuo aqui
Lembrando dos que me atormentaram
Sentado em meio a rua
Fixando atento à lua
Sei que ela não pode me ouvir
Mas talvez poderá nos acolher
Difícil saber

terça-feira, 8 de março de 2016

                         


 Folhas de outono


Ai! Folhas de outono
Caem com tanta graça
Pousam com tanto mimo
Até esconde que traz tanta desgraça
Que leva consigo tanto rancor
Soterra tantos momentos de amor

E quando a chuva chegar
Logo tudo se apodrece
Nada irá nos restar

Uma vez foi o tempo quem disse:
"Sou mais forte que você"
Nunca questionei.
É mais forte que o amor, o calor, que a dor
Meu Senhor!

Ah! Como  embebeda-me
O vento que bate sob as árvores
E derrubam as folhas de outono.




                                                   Direitos autorais: Anderson Souza  

segunda-feira, 7 de março de 2016

   


Sorriso desconhecido


Lindo e trágico sorriso desconhecido
Me acolhe com quão ternura
Envolve meu ser
Faz tudo acontecer

Lindo e trágico sorriso desconhecido
Tão grande é sua luz
Me ilumine só mais uma vez
Mal  sabe ele o estrago que me fez

Lindo e trágico  sorriso desconhecido
Por quê me é tão familiar?
Já devo o ter visto antes em outra boca
E encheu de paz essa minha cabeça oca

Lindo e trágico sorriso desconhecido
Seja meu por mais um segundo
Sejamos um só nesse vasto mundo

Lindo e triste sorriso desconhecido



                        Todos direitos autorais: Anderson Souza


sexta-feira, 4 de março de 2016


                   
   Lúdico amor




É triste como acontece
Não tem avisos
Nada que o expresse
De repente se enche de tudo
Ao mesmo tempo que somos feitos de nada
Corações fechados e atordoados
São abertos pela ternura e consolados
Eis que se chama amor
Chega sem aviso
Vai-se sem avisar
Ao menos é o que nos faz acreditar

Lúdico amor de primavera ensolarada                                                                                      

terça-feira, 1 de março de 2016

Dia a dia



Vivo mais um dia
Para um dia poder viver mais
Simples utopia  ilógica é a vida
Sempre corro do relógio
E ele sempre me alcança ao meio dia
Passam-se os dias, já foram semanas
Quando vejo já é Janeiro
Me perguntam mais uma vez:
"O que você fez?"
Pois bem, eu vivi.
Na simples utopia
Do dia a dia
Me perdi e quase me achei
Não soube me encontrar entre os caminhos dos minutos
O "tic-tac" definiu meus passos
Não fiz nada.
Mas apaguei meus rastros
E no outro dia
Eu acordei para o mundo
Um mundo em que eu não fui dormir




                                                           SOUZA, Anderson


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Apenas mais uns versos


Estes versos enferrujados
Batem e rebatem em espasmos
Guardam a angústia
Deixada para trás
Alegria de quem canta

É esquecer que já não fala

sábado, 27 de fevereiro de 2016

 
 Olá pessoal. Como de abertura do blog aqui está o primeiro poema escrito exclusivamente para ele:



                              

   Versos de um lunático

Me pego pensando na lua
Quão redonda ela há de ser?
Quão plana será sua superfície?
Nossa espécie já mesmo a alcançou?
São questões que me rondam pelo dia
Não podem ser respondidas por mim mesmo
Mas o luar é tão lindo que por si mesmo nos responde
A lua foi feita para a noite
E a noite para nós
Aproveitaremos nossos dias sobre a terra
Talvez deslumbrando o céu com olhar severo 
Procurando em outros mundos um mundo melhor que nossa casa
Procurando saudades de nossa casa
Saudades de algo que nunca existiu
Apenas na nossa cabeça
Eis que surge a nossa alegria.


                                      SOUZA, Anderson







 

Invenção amaldiçoada Já prometi não escrever de amor,  mas esta será uma exceção. Pois meus versos doem tanto q...